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POR QUÊ NÃO TEMOS UMA CURA PARA O CÂNCER?

  • Foto do escritor: Thiag A C Borella
    Thiag A C Borella
  • 14 de jul. de 2020
  • 3 min de leitura

Normalmente as pessoas acreditam que o câncer é uma única doença, e vivem questionando o porquê de não existir uma cura. Para começar, existem mais de 100 tipos diferentes de câncer, cada um com suas particularidades e, consequentemente, com formas de tratamento diferentes.

Fonte : Pixabay

O que caracteriza todas eles como câncer é o fato de estarem associados a uma alteração no DNA, que é basicamente as instruções de como as células de nosso corpo devem agir. Essas instruções causam às células uma desordem no seu funcionamento, fazendo com que se reproduzam de forma anormal e gerando um tumor que, algumas vezes, pode ser cancerígeno.


Mas, então, como uma célula “sabe” a hora de parar de se reproduzir?


Em cada célula de nosso corpo tem (como se fossem) anteninhas chamadas receptores, os quais têm a função de interagir com o meio de fora destas células. E é aí que está a mágica: no momento em que uma célula toca a outra, há um reconhecimento dessa por aquela, e essa “conversa” entre elas vai dizer se devem ou não parar de se reproduzir. Isso vale para todos os órgãos do nosso corpo, desde a pele até o nosso cérebro. É como um diálogo.


Quando uma destas células tem problema em entender esta conversa, há uma alteração no seu DNA, ou seja, ela não sabe a hora de parar de se reproduzir. É isto que causa, então, um tumor. Se este tumor tiver um crescimento bem definido e ser apenas um tumor local, este é considerado benigno. Porém, se este tumor tiver a capacidade de realizar metástase, que é a capacidade de soltar estas células para invadir outros órgãos, é caracterizado tumor maligno ou câncer.

Desenvolvimento de um câncer - Fonte: Mayelize

O câncer pode ter várias causas diferentes: pode ser uma tendência natural da pessoa, quando esta alteração se encontra nos genes, a qual pode ser herdada dos pais, ou também por qualquer agente que possa causar uma mudança no seu DNA. Dentro destes agentes, ainda podemos citar alguns vírus, cigarro, estresse, gorduras trans, agrotóxicos, entre outros.


Quanto maior o tempo de exposição do indivíduo aos agentes cancerígenos, maior será a chance de adquirir um câncer. Por este motivo, o aumento de casos de câncer está associado com a maior longevidade do ser humano na atualidade.


Considerando que o corpo humano tem em média 10 trilhões de células, não é difícil imaginar que existe uma certa probabilidade de aparecerem células com esta alteração. Porém, o nosso próprio organismo consegue identificar estas alterações e destruir estas células. Em alguns casos raros, alguma célula com potencial cancerígeno passa despercebida e consegue se proliferar.

Sistema imunológico atacando um tumor - Fonte : Kcm

Nestes casos, o melhor tratamento é a prevenção. Procurar ter uma vida mais saudável ajuda muito na redução da chance de aparecer um câncer. Fazer exames de rotina e autoexames podem identificar nódulos iniciais, além de possibilitar iniciar o tratamento o mais cedo possível, o que causaria um mínimo de dano ao corpo. Câncer não é um atestado de morte e, se identificado de forma precoce, o paciente tem grandes chances de cura.


Caso identifique uma alteração em seu corpo, a Lei 13.896/19 determina que uma pessoa com suspeita de câncer deve ter seus exames realizados em no máximo 30 dias, já a Lei 12.732/12, determina que seu tratamento seja iniciado em no máximo 60 dias. Tratamento esse totalmente custeado pelo SUS e que consegue salvar inúmeras vidas.


Se você pode e quer entender a realidade de uma pessoa com câncer é só visitar o setor de oncologia de qualquer hospital e estar aberto a ouvir o relato das pessoas. Este tipo de experiência nos faz ver o mundo de uma perspectiva muito além da rotina usual da maioria delas, nos faz dar mais valor à vida e à nossa própria saúde.


Agora, se me permite, vai um conselho pessoal de quem já teve que conviver com este problema: ao saber que uma pessoa desenvolveu câncer, não fique demonstrando pena ou uma preocupação excessiva de quem está passando por um momento desse, pois isso a faz sentir-se diminuída e impotente. Esteja aberto para que a pessoa fale sobre o assunto com você, mas trate-a de forma natural e, de preferência, converse sobre outros assuntos com ela. A pessoa com câncer tem que conviver com diversas preocupações ao mesmo tempo e, muitas vezes, ela só quer ter algum momento em que consiga esquecer, de certa forma, que está doente, que aquela é a sua realidade.



Artigo revisado pela Professora Bióloga Carla Pinotti de Assumpção



Este texto está baseado nas leituras referenciadas abaixo e na experiência do autor.







 
 
 

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